sábado, 6 de outubro de 2007

CJF/Faro : Conclusões do 1° Congresso de Jovens Folcloristas Portugueses ou de Origem Portuguesa

5ª Convenção Civica das Comunidades Portuguesas – Federação FAPF

Os Jovens no Folclore Português
1° Congresso de Jovens Folcloristas Portugueses ou de Origem Portuguesa no quadro das comemorações do Dia Internacional da Juventude (UNESCO)

CONCLUSÕES

Aos onze de Agosto de 2007, no ambito da 5ª Convenção Civica das Comunidades Portuguesas, decorreu no Auditório do Instituto Português da Juventude em Faro (Portugal), o 1° Congresso de Jovens Folcloristas Portugueses ou de Origem Portuguesa, subordinado ao tema “Os Jovens no Folclore Português”.


Na sessão de abertura oficial do Congresso intervieram :
- A Dra. Sara Gomes Brito, delegada regional no Algarve do IPJ, em representação da Presidente do IPJ
- O Sr. João Manuel Martins, Presidente da Junta de Freguesia de Almancil
- O Sr. Prof José Maria da Silva, Presidente Nacional da FAPF
que saudaram a iniciativa, enaltecendo os seus objectivos na salvaguarda e divulgação do património etno-folclórico nacional, atravês dos grupos sedeados no estrangeiro, e reforçaram a sua disponilidade e empenho no apoio a esta acção.


Durante a 3 sessões de trabalho em que se repartiu o Congresso, interveriam os seguintes comunicantes que apresentaram os trabalhos adiante referidos :
- Os Clubes de Jovens Folcloristas : Programas Mundiais - Adé Caldeira (Presidente do CJF)
- O traje folclórico português - Madalena Farrajota (Conservadora no Museu da Arte Popular)
- A divulgação mundial das tradições nacionais portuguesas - Ludgero Mendes (Membro da Comissão Técnica da Secção Nacional Portuguesa do CIOFF)
- Organizar e dinamizar a preservação etno-folclórica - Manuel José Menino (Grupo Folclórico da Ribeira de Santarém)
- Realidade geográfica dos grupos folclóricos portugueses - Manuel João Barbosa (Director do jornal “Folclore”)
- Os conceitos de folclore e etnografia, e a sua representatividade nos núcleos de emigração portuguesa - Aurélio Lopes (Antropólogo, Professor da Escola Superior de Educação)
- Programas de apoio aos jovens e ao movimento associativo / folclórico português nas comunidades - José Manuel da Costa Arsénio (Director-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas)
- Os apoios da SEJD e do IPJ ao movimento associativo folclórico - Sara Gomes Brito (Delegada Regional no Algarve do Instituto Português da Juventude - IPJ)
- INATEL : Linhas de apoios aos grupos de folclore - Ludgero Mendes (Membro da Comissão Técnica da Secção Nacional Portuguesa do CIOFF) e Adé Caldeira (Presidente do CJF)
- Programas autarquicos de apoio aos jovens e ao movimento associativo / folclórico português - Homero Flôr (Chefe de Divisão de Cultura da Câmara de Faro)
- A inserção das tradições nos programas escolares e educativos - José-Maria da Silva (Presidente da Federação das Associações Portuguesas de França - FAPF)
- Para um melhor relacionamento entre os jovens nas comunidades portuguesas e os grupos folclóricos em Portugal - Manuela Aguiar (ex-Secretária de Estado à Emigração)
- Os jovens nas comunidades portuguesas e a sua participação no espaço público : as novas formas de expressar a cultura popular pelos jovens e a sua vertente na cidadania local - José-Maria da Silva (Presidente da Federação das Associações Portuguesas de França - FAPF)


Resultante das comunicações apresentadas e do debate que as mesmas suscitaram, o 1° Congresso de Jovens Folcloristas Portugueses ou de Origem Portuguesa, aprovam as seguintes conclusões :
1. - Os agrupamentos de folclore deverão pugnar por uma adequada representação da indumentária regional, no respeito pelas suas especifidades quer quanto ao uso na comunidade local como no tipo dos tecidos utilizados.
2. - As comunidades portuguesas radicadas no estrangeiro so alcançarão melhor notoriedade e proeminencia se conseguirem alcançar o estatuto decorrente da relevante afirmação cultural tradicional do nosso pais, nomeadamente nos países de acolhimento.
3. - Consagra-se a necessidade de valorizar a acção social e cultural dos grupos folclóricos existente nos países de acolhimento da emigração portuguesa atravês da imprescindivel consciencialização dos objectivos que integram a etnografia e o folclore do nosso país.
4. - O folclore de uma qualquer região ou pais não se circunscreve apenas às danças, ao traje e às musicas que constituem a maior preocupação dos grupos folclóricos, pelo que se impõe dedicar uma crescente atenção a outras vertentes da etnografia e do folclore, designamente no âmbito da literatura oral.
5. - Na acção de um agrupamento folclórico não é admissivel a invenção de nenhuns aspectos relacionados com a etnografia o folclore pelo que se impõe o trabalho de pesquisa, recolha, reconsituição e divulgação do património etno-folclórico.
6. - Constatando-se a proliferação de alguns mitos no folclore nacional, cumpre-nos objectivamente a sua desmontagem técnica e cultural atravês do estudo e do esclarecimento.
7. - Contrariamente ao que é comum no movimento associativo folclórico, o espectáculo de folclore não deve ser entendido como um fim em si mesmo mas, antes, deve constitir um meio de divulgação do património etno-folclórico entre outros.
8. - Para a concretização de um correcto trabalho de representação deve entender-se a pesquisa local como condição básica do conhecimento, entendendo-se, assim que o agrupamento folclórico deverà ser o principal conhecedor da tradições culturais locais.
9. - Considerando a actividade das associações portuguesas no estrangeiro e designadamente as que se dedicam à divulgação do folclore português, o Congresso exaltou e enalteceu a acção desenvolvida por todos, individual ou colectivamente, no âmbito desta acção socio-cultural, esperando que todas as autoridades oficiais, públicas e particulares possam corresponder com seu apoio e colaboração aos objectivos definidos e levados a efeito pelos agrupamentos folclóricos e pelos CJF’s.
10. - Tendo em consideração a preciosa intervenção do Jornal Folclore, enquanto orgão de comunicação social especializado na temática do folclore e da etnografia, tanto na divulgação das actividades dos agentes culturais relacionados com esta área do conhecimento, como no seu contributo pedagógico para a necessária formação de quem se dedica ao estudo e à divulgação do património etno-folclórico português aprova-se um voto de reconhecimeno e de louvor.
11. - Finalmente, o Congreso aprova um voto de louvor aos promotores desta iniciativa, envolvendo na mesma distinção as entidades e pessoas que a tornaram possivel.
12. - Destas conclusões se deliberou dar conhecimento às entidades públicas e particulares relacionadas com a temática etnográfica e folclórica portuguesa.



Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades (CJF)
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