sexta-feira, 20 de junho de 2008

Congresso : O Folclore Português na Venezuela


1° Congresso de Folcloristas Portugueses no quadro das comemorações do Dia Mundial dos Povos (ONU)

Cartáz do congresso, baixar aqui
Inscrições, baixar aqui (lugares limitados)


“A persistência é o caminho do êxito” (Charlie Chaplin)


Sexta-Feira 4 de Julho 2008
Salão Nobre do Centro Português de Caracas (Venezuela)

21h00
Abertura do “1° Congresso de Folcloristas Portugueses na Venezuela
Recepção das entidades, convidados, congressistas, delegados e participantes
Actuação de quadros etno-gráficos pelo Rancho Folclórico “Saudades” da Casa Portuguesa Venezuelana em Valencia (Venezuela)


21h30
1° painel : “Jovens no Folclore : Cidadania e participação no espaço público
Para um melhor relacionamento entre os jovens nas comunidades portuguesas e os grupos folclóricos em Portugal
Os jovens nas comunidades portuguesas e a sua participação no espaço público : as novas formas de expressar a cultura popular pelos jovens e a sua vertente na cidadania local


22h00
2° painel : “Folclore português : da teoria à prática
Congresso de folcloristas portugueses na Venezuela : Motivos e necessidade da sua organização
Clube de Jovens Folcloristas : Programa e projecto associativo nacional / mundial
Organizar e dinamizar a preservação etno-folclórica : O que é folclore, qual a sua origem e quais as directivas internacionais
A dança e o traje folclórico português : Verdades e inverdades nos grupos de folclore na emigração
A cultura tradicional popular portuguesa : Realidade geográfica dos grupos folclóricos portugueses
A divulgação mundial das tradições nacionais portuguesas : Os conceitos de folclore e etnografia, e a sua representatividade/aplicabilidade aos meios folclóricos emigratórios
Programas de apoio aos jovens e ao movimento associativo / folclórico português nas comunidades


23h00
Debate sobre as comunicações do congresso

00h30
Leitura das conclusões e votação dos delegados


Coordenação Executiva
· Clube de Jovens Folcloristas Portugueses na Venezuela mail
· Grupo Folclórico “Os Lusíadas” mail
· Jornal “Folclore” mail


Formulário de inscrição
Para baixar o formulário, clique aqui !
Lugares limitados – Enviar o mais breve possivel


Data e local de realização
Sexta-Feira 4 de Julho 2008 às 21h
Salão Nobre do Centro Português de Caracas mail
Avenida Luís de Camões - Macaracuay - Caracas - Venezuela
Cartáz do congresso, baixar aqui


Alojamento aconselhado
Hotel Montaña Suites 4****
Quartos simples e duplos com casa de banho privativa, TV e ar condicionado
Prolongación de la Avenida Rómulo Gallegos (a 300 metros antes de la Urbanización Miranda)
La Urbina, Caracas (Venezuela)
Telf. : [+58] (0)2122429179 / (0)2122428945 mail


Contactos
Clube de Jovens Folcloristas Portugueses na Venezuela
Telf. : [+58] (0)4143029388 mail Logotipo do Clube CJF-Mundial, baixar aqui
ou
Grupo Folclórico “Os Lusíadas”
Telf. : [+58] (0)4129519888 mail


Apoios institucionais
· Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas
· Inatel
· Instituto Português da Juventude
· Ministério da Cultura
· Ministério da Presidência do Conselho de Ministros
· Ministério dos Negócios Estrangeiros
· Secção Nacional Portuguesa do CIOFF
· Secretaria de Estado às Comunidades Portuguesas
· Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto

sábado, 7 de junho de 2008

CJF-Venezuela/Congresso : Convite


O Clube de Jovens Folcloristas Portugueses na Venezuela (CJF-Venezuela) apresentam os seus melhores cumprimentos a V. Exa, extensivos aos seus colaboradores e tem o prazer de convidar-vos ao :
1º Congresso e Debate Público sobre o Folclore Português na Venezuela
Sexta-feira, 4 de Julho 2008 às 21h00
Salão Nobre do Centro Português de Caracas
Avenida Luís de Camões - Macaracuay - Caracas - Venezuela

Este Congresso de âmbito nacional nasce por iniciativa do CJF-Venezuela e conta com o apoio da “Asociación Grupo Folklórico ‘Os Lusíadas’ de Caracas”.

A presença de iminentes folcloristas vindos de Portugal e do Brasil permitirá de abordar temáticas relacionadas com etnografia e folclore português na emigração.

O nosso evento tem por finalidade de oferecer à comunidade folclorista portuguesa na Venezuela uma via de acesso às informações fidedignas sobre o folclore e de dar a oportunidade de dissipar dúvidas puntuais que nos permitirão melhorar no dia a dia a qualidade da representação em cada um de nossos ranchos folclóricos.

Os oradores convidados serão :
- Ludgero Mendes
Antigo Vice-Presidente da
Federação de Folclore Português, Coordenador do Conselho Técnico Regional pela região do Ribatejo e Dirigente do CIOFF-Portugal em Lisboa
-
Manuel João Barbosa
Eminente folclorista e Director do “
Jornal folclore
- Manoel de Andrade
Dirigente do
CJF-Brasil e Director Técnico do Grupo Folclórico “Cruz de Malta” de Santos (São Paulo, Brasil)
- Adé Caldeira
Fundador e Presidente Honorário do
CJF-Mundial, Dirigente associativo e estudioso do folclore português na emigração

O congresso dividir-se-á em dois grandes painéis :
1. Palestras ditadas pelos oradores convidados,
2. Debate público onde os participantes terão a oportunidade de manifestar as suas preocupações sobre os temas abordados.
Os dois painéis serão moderados pelo Sr. Jorge Quintas, jornalista da
Rádio Valdevez (Arcos de Valdevez, Portugal).

A finalidade de estruturar o evento como congresso nacional explica-se pelo desejo do CJF-Venezuela em ver proceder no encerramento com a redação de uma serie de recomendações e conclusões que serão debatidas e aprovadas em plenário pelos grupos folclóricos presentes.

Por esse motivo, solicitamos aos grupos folclóricos participantes na Venezuela de designar um delegado (que obrigatoriamente cumpra funções directivas) ; delegado que será encarregado ao idêntico dos seus colegas, de aprovar ou recusar por votação simples as conclusões do dito congresso nacional.

Para perfazer a nossa organização, enviamos em anexo deste convite um formulário que deverão preencher com os dados do grupo, a quantidade de componentes que assistirão ao congresso e sobre tudo, a nomeação do vosso delegado que vos representará na aprovação das conclusões. Será indispensável estar inscrito para poder ingressar nas instalações do Centro Português de Caracas no dia do evento. Por motivos logísticos, agradecemos que o formulário seja devolvido devidamente preenchido antes do dia 15 de Junho 2008 por e-mail :
aqui.

Anexamos tambem o cartaz do congresso e manifestamos mais uma vez o nosso desejo de contar com a vossa valiosa presença no dia do evento.

Ficando ao dispôr de V. Exa para tudo o que fôr ao nosso alcance, subescrevemos-nos com a mais elevada consideração.

Respeitosos cumprimentos associativos e folclóricos,


O Presidente do Clube de Jovens Folcloristas Portugueses na Venezuela,
Sérgio Correia Branco
mail - www.jovensfolcloristas.blogspot.com


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Baixar o formulário de inscrição :
aqui

Baixar o cartaz do Congresso :
aqui

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Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades (CJF)
clube.jovens.folcloristas@fapf.orgwww.jovensfolcloristas.blogspot.com




Assinaturas ao jornal “Folclore” __________ www.jornalfolclore.blogspot.com
Portal do folclore português _____________
www.folclore-online.com
Fórum de folclore português _____________
www.freeboards.net/index.php?mforum=folcport
(em espanhol) Fórum de folclore português __
http://cjf-venezuela.mforos.com
Fórum de folclore minhoto ______________
http://folkedominho.forumvila.com/



CJF-Venezuela/Congresso : Reserva de hotel

Baixar o documento : aqui


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Fórum de folclore minhoto ______________
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domingo, 30 de dezembro de 2007

Homenagem ao folclore minhoto

Por navegação virtual, deparamos-nos com um video no Fórum do Folclore Minhoto (Folkedominho) que presta homenagem ao folclore do Minho e aos seus antepassados.

O documento visual produzido sendo de grande nivel e com alta percepção carinhosa desta problemática, vimos por este meio não só divulger o material mas como felicitar os Moderadores/Administradores do dito forum pelas suas disponibilidades e eficácia nas suas respectivas tarefas no seio do Folkedominho.

Estão de parabens os jovens foristas : Carla, Patricia, Rita, Miguel, Ruben e o Tiago … sem esquecer o nosso grande amigo Nuno que cumula essas tarefas com as funções que desempenha no Clube CJF como Vice-Presidente Nacional pelo o Baixo-Minho.




Fonte do Video : www.youtube.com/watch?v=dLwM-ukjYZo

Fonte da informação :
http://folkedominho.forumvila.com/folkedominho-about547.html

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

UNESCO/2008 - Património Imaterial da Humanidade : Meninos cantores - Mais perto

UNESCO/2008 - Património Imaterial da Humanidade : Video da candidatura Galego-Portuguesa à UNESCO

NOVO VIDEOCLIP PROMOCIONAL

Depois de tornarem públicos os apoios do Congresso dos Deputados de Espanha e do Parlamento da Galiza à Candidatura do Património Imaterial Galego-Português, Ponte...nas ondas! lança um novo videoclip de promoção da NOVA OPORTUNIDADE para o património imaterial galego-português.

Já se podem ver duas versões no seguinte endereço :
- PORTUGUÊS :
http://www.youtube.com/watch?v=xVvI-Y8zIas
- GALEGO:
http://www.youtube.com/watch?v=pugpvYuz3pg

Trata-se dum videoclip que reflecte bem a força nem que se apoia esta Candidatura e que identifica a sua origem: a comunidade educativa dos dois lados da fronteira que, há mais de 13 anos, tem participando na experiência de comunicação de "Ponte ... nas ondas !" .

O videoclip centra-se nas imagens do acto realizado sobre as pontes do rio Minho que, no passado dia 27 de Novembro protagonizaram mais de 2000 jovens das duas margens, para pedir UMA NOVA OPORTUNIDADE para o Património Imaterial Galego-Português.

Ponte...nas ondas! entende que estamos às portas do definitivo processo de reconhecimento deste património cultural, procedimento que agora deverão realizar os governos de Portugal e Espanha.

Os apoios recebidos, esta semana, do Congresso dos Deputados de Espanha e o do Parlamento da Galiza, através da pessoa da sua Presidente, num acto realizado em Tui, vêm juntar-se às vozes dos mais novos que, no videoclip, pedem, com a letra de Mais Perto, do disco de Meninos Cantores, que a Galiza e Portugal se aproximem mais.

Este videoclip pode ser visto em You Tube com a denominação de “Ponte...nas ondas” em galego, português e inglês.

O videoclip foi gravado e produzido por Casa de Tolos, de Gondomar (Galiza).

Lourdes Carita

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

UNESCO/2008 - Património Imaterial da Humanidade : Candidatura Galego-Portuguesa à UNESCO

Estimado amigo, Adé CALDEIRA

A Associação Cultural e Pedagógica Ponte...nas ondas! vem informá-lo da actualidade da Candidatura do Património Imaterial Galego-Português à UNESCO, Candidatura que, no devido momento contou com o seu importante apoio.

Como é do seu conhecimento, há precisamente dois anos, em Novembro de 2005, esta Candidatura estava em Paris concorrendo para ser uma das proclamações das Obras Mestras do Património Imaterial. Lamentavelmente, naquele momento, não foi possível. Foram muitas as vozes que assinalaram que o esforço realizado já valera a pena, dado que a consciência criada à volta deste património comum já constituía um êxito importante.

Há poucos dias, tivemos conhecimento que a UNESCO abriu o prazo, até Setembro de 2008, para a apresentação de propostas, por parte dos Estados, de candidaturas de património imaterial que serão inscritas na Lista Indicativa que se tornará pública em 2009.

Como foi, exactamente, no dia 25 de Novembro de 2005 que a Candidatura não alcançou a proclamação, Ponte...nas ondas! pensa que seria oportuno chamar a atenção dos governos para que proponham à UNESCO a inscrição do Património Imaterial Galego-Português na nova Lista Indicativa do Património Imaterial da Humanidade.

Neste momento, ainda estamos a tempo de conseguir que a Candidatura seja proposta por ambos os Estados. Depende do apoio e do eco que entre todos e todas consigamos fazer chegar aos respectivos Ministérios da Cultura.

Para isso, e dado que a Candidatura foi a primeira a ser promovida a partir de escolas de dois países, no próximo dia 23 de Novembro, os centros educativos das duas margens do Minho realizarão um acto simbólico de união nas respectivas pontes. Uma vez mais vamos estender pontes sobre a fronteira. Uma cadeia humana de jovens das duas margens interpretarão o tema central de Meninos Cantores ( Mais perto ).

Dirigimo-nos, especialmente, a si para que nas tribunas públicas em que possa expressar a sua opinião, difunda esta nova oportunidade que se apresenta para o património cultural imaterial galego-português. Juntamos um texto explicativo e estamos à sua disposição para lhe proporcionar toda a informação que considere pertinente.

Em nome da Associação Ponte…nas ondas! receba os nossos cordiais cumprimentos com um sincero agradecimento pela valiosa colaboração.


Pel’ Associação Ponte...nas ondas!

Lourdes Carita
lourdes.carita@webside.pt
www.opatrimonio.org
Telefone de contacto: [+351] 919054066


Documento de apresentação :
www.divshare.com/download/2755540-7bb

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Novidades no “Jornal Folclore on-line”

Últimas publicações - Novembro 2007 - Edição N° 141


Agenda de festivais de folclore em Novembro 2007

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Lyon : Fotos do colóquio


Fotos do colóquio e debate público
www.flickr.com/gp/12968055@N04/7u296S


Associação "Rosita" em Charvieu-Chavagneux (área consular de Lyon)
Sexta-Feira, 02/11/2007

CJF-França


Clermont-Ferrand : Fotos do colóquio



Fotos do colóquio e debate público
www.flickr.com/gp/12968055@N04/620mw0

Consulado de Portugal em Clermont-Ferrand
Quinta-Feira, 01/11/2007

CJF-França


quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Levallois : 1° Jornada técnica sobre a representação do Folclore Ribatejano em França

Programa e temas de debate
(clicar no nome dos oradores para ter mais informações)

15h00
Abertura da “1a jornada técnica sobre a representação do Folclore Ribatejano em França”
Recepção das entidades, convidados e participantes ; discurso de abertura :
Fernanda Marinho-Lemos (Vereadora na Câmara de Levallois-Perret)
Explicação sobre os motivos da organização do colóquio

15h15
1° painel : “O folclore ribatejano : da teoria à realização”
Moderador :
Armando Elias (Dirigente associativo)
Convidados e palestras em debate :
Patricia da Silva (Vice-Presidente do CJF-França pelo o Ribatejo)
Qual o programa do CJF e o seu projecto associativo nacional / mundial ? O que é folclore, qual a sua origem ? Quais as directivas da UNESCO/CIOFF ?
Manuel João Barbosa (Director do jornal “Folclore” / Santarém)
A divulgação mundial das tradições ribatejanas, a dança, os instrumentos tradicionais e o traje folclórico : verdades e inverdades nos grupos de folclore

Ludgero Mendes (Membro da Comissão Técnica da Secção Nacional Portuguesa do CIOFF / Lisboa)
A cultura tradicional popular ribatejana : os conceitos de folclore e etnografia ribatejana e a sua aplicabilidade aos meios folclóricos emigratórios

Adé Caldeira (Presidente do CJF)
Para um melhor relacionamento entre os jovens nas comunidades portuguesas e os grupos folclóricos em como a sua participação no espaço público : as novas formas de expressar a cultura popular pelos jovens e a sua vertente na cidadania local


16h00
Momento de debate sobre as comunicações do 1° painel

17h30
Intervalo / Café

17h45
2° painel : “Os apoios ao folclore português”
Moderador :
Armando Elias (Dirigente associativo)
Convidados e palestras em debate :
n.m. (Consulado-Geral de Portugal em Paris)
Os apoios da SECP/DGACCP ao movimento associativo / folclórico português em França

José-Maria da Silva (Presidente da Federação das Associações Portuguesas de França - FAPF)
A inserção das tradições nos programas escolares e educativos

Ludgero Mendes (Membro da Comissão Técnica da Secção Nacional Portuguesa do CIOFF / Lisboa)
INATEL : Tradição nos apoios à cultura tradicional

Adé Caldeira (Presidente do CJF)
Os apoios portugueses (SEJD, IPJ, etc ...) e franceses ao movimento associativo / folclórico português


18h30
Momento de debate sobre as comunicações do 2° painel

19h30
Jantar ibérico de convívio (reserva obrigatoria)

20h30
Abertura da feira ribatejana à moda antiga

21h00
Primeiro festival de folclore regional exclusivamente composto com grupos ribatejanos em França



Agenda de actividades complementares
Domingo 28 de Outubro 2007 às 15h
Festival de folclore nacional português com 7 ranchos em Levallois-Perret
Segunda-Feira 29 de Outubro 2007 às 21h
Acção de formação local a jovens de grupos folclóricos ribatejanos na região parisiense e visita técnica aos seus respectivos ranchos.
Terça-Feira 30 de Outubro 2007 às 21h
Projecção do filme “Ribatejo” de Henrique Campos em Levallois-Perret
Debate participativo com técnicos vindos de Portugal
Quarta-Feira 31 de Outubro 2007 às 21h
Acção de formação local a jovens de grupos folclóricos ribatejanos na região parisiense e visita técnica aos seus respectivos ranchos.

Levallois : 1° Jornada técnica sobre a representação do Folclore Ribatejano em França

Pela primeira vez em França, a juventude portuguesa emigrante ligada ao movimento folclórico e cultura tradicional portugueses vai organizar a sua 1a jornada técnica sobre a representação do Folclore Ribatejano em França e para tentar responder às dificuldades destas problemáticas enquanto dirigentes associativos na diáspora.

“Um dos principais objectivos é reunir a juventude folclorista portuguesa ou de origem portuguesa que integram agrupamentos folclóricos ribatejanos em França ; mas tambem estarão em debate temas importantes para as nossas funções de integrantes ou responsaveis folclóricos” diz logo de início o Presidente do Clube de Jovens Portugueses, Adé Caldeira.

E acrescenta : “Por ser tambem um dos seus principais objectivos é que de imediato o Rancho Folclórico “Aldeias do Ribatejo” de Levallois-Perret e a Câmara Municipal de Levallois-Perret se disponibilizou em associar-se a este evento e a conceder-nos as suas instalações no apoio técnico-logistico que vem neste projecto uma formula de se juntar aos luso-emigrantes apaixonados das raízes portuguesas e particularmente as ribatejanas”.

O 1° painel “Jovens no folclore ribatejano : da teoria à prática” tratará mais de temas técnicos etno-folclóricos como : os instrumentos tradicionais, a dança e o traje folclórico ribatejano ; a divulgação mundial das tradições ribatejanas ou ainda os conceitos de folclore e etnografia ribatejana e a sua aplicabilidade nos núcleos de emigração portuguesa. Em sub-temas serão abordados o melhor relacionamento entre os jovens nas comunidades portuguesas e os grupos folclóricos em Portugal, e igualmente os jovens nas comunidades portuguesas e a sua participação no espaço público : as novas formas de expressar a cultura popular pelos jovens e a sua vertente na cidadania local.

Já o 2° painel tratará dos “Apoios ao folclore” por instituições/organismos franceses, portugueses e europeus mas tambem como a inserção das tradições nos programas escolares e educativos.

Em final de cada painel existirão momentos de debates sobre as comunicações com os jovens e público presentes.

Patricia da Silva, Vice-Presidente do CJF-França delagada pelo o Ribatejo afirma : “tenho esperanças que esta jornada técnica analize e debata, a necessidade de pôr forças em sinergia para uma melhor representação do folclore ribatejano na emigração para que estas e outras questões, abordadas e discutidas com a maior abertura e na maior unidade, dêm um novo impulso aos grupos folclóricos ribatejanos emigrantes e à nossa vida associativa, princípios que devem nortear a vida dos nossos ranchos nas comunidades”.

Com esta jornada técnica, o Clube de Jovens Folcloristas pretende valorizar o património regional português para que seja reconhecido mundialmente e divulgar a nossa riqueza cultural ... Mas advertem os seus Dirigentes Nacionais que tambem servirá para mostrar aos politicos que se deve combater o uso pejorativo da palavra “folclore” que cada vez que acontece acaba por insultar a juventude apaixonada de folclore português !

Logo Patricia da Silva, diz que “a juventude portuguesa emigrante no folclore sente orgulho e honra de ser integrante deste movimento que se verifica nos tantos festivais participados” ... e remata “Qual vergonha de “honrar a camisa do dia a dia, o modo de trajar e a alegria dos nossos antepassados” ? Vergonha seria certamente de não o fazer !”.

Por seu lado, Adé Caldeira relembra que “temos que compreender e defender o nosso património, a nossa identidade, até porque o desenvolvimento só coabita com uma população culturalmente evoluída, o que não pode acontecer no desconhecimento das raízes que nos definem, no ignorar das memórias do povo que somos. É um facto, que um povo sem memória não existe. Há por isso que preservar, investigando, reconstituindo essa memória patrimonial e divulgar as nossas tradições, e torna-las prioritárias”.

Pelo apoios obtidos, fala Virginia Fernandes, Tesoureira-Geral do Clube que indica que “como qualquer colectividade associativa, e nenhum dirigente o negará, passamos mais tempo a correr atrás dos apoios e patrocinios que propriamente no tempo de realização dos nossos projectos. No entanto, não negamos que se foi dificil ao principio conseguir apoios ... hoje, a notoriedade dos Clubes é de tal forma implantada localmente que encontramos bastantes portas abertas tanto pelas autoridades e organismos públicos nos nossos países de acolhimento como portugueses. Na parte financeira, temos tido bons resultados ... ou seja aqueles que esperavamos !”.

Por seu lado, Filipe Pinheiro, Presidente do Rancho Folclórico “Aldeias do Ribatejo” de Levallois-Perret, afirma que “Nas comunidades portuguesas, temos na ideia que o folclore deve manter uma das suas funções, sem ser a única, de mostra túristica sobre o nosso país e de valorizar as nossas riquezas nacionais e culturais ligadas às tradições populares”.

O 1° Clube foi criado informalmente em França em 2003 por jovens totalmente apaixonados pelo folclore português : qualquer café parisiense servia para longas reuniões e debates ... muitas vezes eramos os últimos a sair e “à força” ! Com este sucesso de participação, o CJF tomou forma juridicamente oficial em Setembro 2004.

O projecto dos Clubes inscreve-se nas politicas da UNESCO (16/11/1945) e do seu programa dedicado à salvaguarda do património cultural imaterial, pelo que entende-se tambem a “salvaguarda do folclore”.

“Os Clubes sempre se preocuparam com a defesa do folclore português nos países de emigração como actividade fundamental da nossa vida associativa e baluarte da nossa cultura popular, por esses motivos animamos regularmente para jovens responsaveis e directores técnicos de grupos folclóricos portugueses sessões de formação. Estes encontros destinam-se a analizar a situação dos nossos grupos folclóricos e a debater o seu funcionamento e o seu futuro”, diz Filipe Pinheiro.

O trabalho destes colectivos passa também por dinamizar os grupos folclóricos existentes nos países de acolhimento, nomeadamente acompanhando-os na organização de festivais e outras iniciativas. Os Clubes CJF’s irão também prestar o seu contributo para a criação de um fundo documental e audiovisual sobre o folclore regional de Portugal.

Não há própriamente requesitos para aderir a qualquer CJF pois o termo de “Jovens Folcloristas” não é associado à idade mas como diz Patricia da Silva : “Há, porém, um limite de idade para ser Dirigente em qualquer Secretariado Nacional. Pois os Clubes CJF’s mantêm uma linha “juvenil” do seu executivo”.

Uma da dificuldade inicial aquando a criação de qualquer clube local foi a rejeição imediada dos “veteranos” que acharam de mau olho a vinda “desta juventude” que demonstrava ser mais estudiosa nestas matérias.

“Foi necessário um esforço particular para não ferir estes “velhos do Restelo”. Com paciencia e diplomacia ao longo do tempo, são os nossos melhores apoiantes e fãs !” remata Patricia da Silva

E Patricia da Silva acrescenta que “hoje temos mais preocupações em responder rápidamente às solicitações técnicas que nos surgem do Mundo inteiro e pelas quais não estavamos preparados para isso, como não se proporcionava ter que combater com um certo “autismo” dos grupos e ranchos ribatejanos em Portugal que teimam em guardar os seus conhecimentos em segredo e não partilhar com a juventude folcloristas portuguesa emigrante”.

A criação de grupos folclóricos emigrantes são a genese da própria fundação do movimento associativo português nas comunidades. Em maioria dos casos foi assim que se fundaram a grande parte dos ranchos na emigração. Como o norte de Portugal foi a zona que mais sofreu o exodo migratório, acontesse que a maioria dos grupos são minhotos ou dizem-se pertencer ao Minho. Na Europa, os ribatejanos encontram-se bem representados em 2ª posição no panorama folclórico ... Na América Latina, os madeirenses são quase a unanimidade da representação folclórica local.

Em França chega-se aos numéros de menos de 10 ranchos folclóricos de representação ribatejana ; sendo 7 deles sedeados em região parisiense.

Se antigamente os ranchos de portugueses emigrantes representavam “Portugal por inteiro”, hoje assistimos a uma consciençalização de seus dirigentes associativos e técnicos em escolher uma zona etnográfica única de representação.

Portugal é um dos países do mundo com mais grupos ou ranchos folclóricos. Por censo do “Jornal “Folclore”, único orgão de comunicação social que trata desta problemática, existem cerca de 1750 agrupamentos em território nacional e ilhas.

É dificil obter dados concretos nas comunidades portuguesas, mas diz-se haver alguns 800 na emigração ; só em França existem uns 480, uns 30 a 50 em cada país de forte emigração portuguesa como na Venezuela, no Brasil, na Bélgica, nos Estados-Unidos, no Canadá, etc ...).

Patricia da Silva relembra que “a internet veio solucionar o isolamente da juventude folclorista portuguesa no estrangeiro para com agrupamentos em territorio nacional. Mais concretamente, daí nascem trocas de informações, fotos e videos para os grupos portugueses no estrangeiro que tentam melhorar a sua representatividade etno-folclorica portuguesa na emigração” ... e acrescenta que “para bastantes os casos, essas interacções provocam permutas entre ambos os grupos dos jovens que se contactaram inicialmente. Por sites, livros de visitas e foruns virtuais, muitos jovens têm-se interligados a esta paixão comum que é o folclore português”.

De imediato Adé Caldeira afirma : “Não negamos que os Clubes CJF’s têm contribuido fortemente a esta interacção. Podemos dizer que, por uma vez, é o efeito positivo da globalização mundial !”.

Com o padrão da ideologia do Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades (CJF) inicialmente criado por “jovens apaixonados do bom folclore português” em França, já se encontrão em funções o CJF-Brasil, o CJF-Venezuela, o CJF-Argentina, o CJF-Suiça, o CJF-Bélgica, o CJF-Luxemburgo, o CJF-Canadá, o CJF-Alemanha e o CJF-Estados Unidos. Para vencer o problema da língua lusófona de jovens em países de acolhimento existem fóruns virtuais só com utilização do francês e do espanhol.

Divulgar de forma fiel às suas origens a etnografia e o folclore português, criar elos de solidariedade entre os grupos folclóricos portugueses existentes nos países onde existem comunidades lusas, reflectir sobre a qualidade da representação do folclore nesses países e auxiliar os grupos folclóricos na defesa da correcta etnografia folclórica portuguesa são os principais objectivos a que se propõe os Clubes CJF’s.

Mais de 800 membros encontram-se associados aos 10 Clubes CJF’s espalhados no Mundo.

A 1a jornada técnica sobre a representação do Folclore Ribatejano em França terá lugar no Sábado 27 de Outubro 2007 às 15h, sala Auguste Delaune, 32 rue d’Alsace em Levallois-Perret (92), “Quartier Eiffel”.

Conta com o alto-patrocínio da Sra. Fernanda Marinho-Lemos, Vereadora Portuguesa na Câmara Municipal de Levallois-Perret


Mais informações sobre o programa :
www.jovensfolcloristas.blogspot.com

Estrasburgo : Participação no festival de Colmar




Fonte :
www.youtube.com/v/VpIs4RyPQDs


Estrasburgo : Colóquio & debate público sobre o folclore português na área consular de Estrasburgo




Fonte :
http://www.youtube.com/v/FFmU1nRCHyI


terça-feira, 9 de outubro de 2007

Levallois : 1° Colóquio & Debate público sobre a representação do Folclore Ribatejano em França

Os jovens no folclore ribatejano
Em parceria com o Grupo Folclórico “Aldeias do Ribatejo” de Levallois-Perret

Sala Auguste Delaune, 32 rue d'Alsace em Levallois-Perret (92) - Quartier Eiffel
1° Colóquio & Debate público sobre a representação do Folclore Ribatejano em França



Levallois : 1° Colóquio & Debate público sobre a representação do Folclore Ribatejano em França

Os jovens no folclore ribatejano
Em parceria com o Grupo Folclórico “Aldeias do Ribatejo” de Levallois-Perret

Sala Auguste Delaune, 32 rue d'Alsace em Levallois-Perret (92) - Quartier Eiffel
1° Colóquio & Debate público sobre a representação do Folclore Ribatejano em França


Este Clube, que sempre se preocupou com a defesa do folclore português em França como actividade fundamental da nossa vida associativa e baluarte da nossa cultura popular, convida todos os Dirigentes associativos, Responsaveis, Directores Técnicos e componentes interessados de grupos folclóricos ribatejanos em França.

Programa :
Sábado 27 de Outubro 2007 - Sala Auguste Delaune, 32 rue d’Alsace em Levallois-Perret (92)
15h : Colóquio e palestras sobre o folclore do Ribatejo
19h : Jantar ibérico em convívio
21h : Festival “especial Ribatejo”, só com GF’s ribatejanos em França

Domingo 28 de Outubro 2007 às 15h - Sala Auguste Delaune, 32 rue d’Alsace em Levallois (92)
Participação no festival de folclore nacional português

Programa e temas de debate
- Abertura do colóquio e explicação sobre os motivos da sua organização
- Qual o programa do CJF e o seu projecto associativo nacional / mundial ?
- O que é o folclore, qual a sua origem ? Quais as directivas da UNESCO/CIOFF ?
- Qual é a representação do movimento folclórico ribatejano em França ?
- Como melhorar a nossa representatividade e apresentações em palco ?
- A cultura tradicional popular ribatejana : Verdades e inverdades nos grupos de folclore
- Questões do público ... e encerramento

Personalidades convidadas (sob reserva de confirmação)
- Dr.
Carlos Alberto Gonçalves, Deputado na Assembleia da Républica (eleito pela Europa)
-
Conselheiros das Comunidades Portuguesas (eleitos por França)
- Dr.
Victor Gil, Conselheiro Social na Embaixada de Portugal em França
- Prof.
José-Maria da Silva, Presidente da Federação das Associações Portuguesas em França (FAPF)
- Sr.
Manuel João Barbosa, Director do “Jornal Folclore” (Santarém / Portugal)
- Sr.
Ludgero Mendes, Membro da Comissão Técnica da Secção Nacional Portuguesa do CIOFF
-
Dirigentes Nacionais do “CJF”

Nestas grandes iniciativas do Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades (CJF) será animada, em parceria de co-organização com a Associação “Aldeias do Ribatejo” em Levallois-Perret, uma assembleia de folcloristas para analisar a situação do folclore associativo ribatejano, debater o seu funcionamento, o seu futuro como também de dar um novo impulso aos grupos folclóricos e à nossa vida associativa.

Todas estas questões, devem ser abordadas e discutidas, com a maior abertura e na maior unidade, princípios que devem nortear a vida dos nossos agrupamentos folclóricos portugueses.

Tambem este projecto inscreve-se nos festejos do 62° aniversário da UNESCO (16/11/1946) e da convenção mundial à salvaguarda do património cultural imaterial, pelo que entende-se tambem a “salvaguarda do folclore”.


sábado, 6 de outubro de 2007

Mensagem do Deputado Carlos Alberto Gonçalves aos Clubes CJF's

Exmos Senhores,

Antes de mais gostaria de começar por dar os parabéns ao Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades pela iniciativa da organização destes colóquios sobre uma temática tão importante para as comunidades portuguesas e as associações de portugueses que existem por esse Mundo fora.

Os grupos folclóricos têm desempenhado um papel fundamental na preservação e difusão dos valores tradicionais portugueses não apenas entre as nossas comunidades como também nas sociedades de acolhimento que podem assim absorver através das danças tradicionais uma vertente da cultura portuguesa.

A existência destes grupos permite a promoção dos valores etnográficos de nosso Portugal, tão rico na sua história e tradições populares, realçando através da beleza dos trajes e das danças populares, uma maneira muito própria do que é a cultura portuguesa e do que é ser português.

Por outro lado, os grupos folclóricos têm-se assumido como um valioso instrumento de ligação das segundas e terceiras gerações das nossas comunidades ao nosso país criando as tão importantes pontes entre os portugueses residentes no estrangeiro e Portugal. É um papel que aqui faço questão de reconhecer e de destacar !

Assim e na minha qualidade de Deputado eleito pelo círculo da Europa quero mais uma vez reconhecer a importância dos eventos em que estão a participar e através do Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades deixar o reconhecimento do Parlamento Português da importância do folclore para as Comunidades Portuguesas.


Palácio de São Bento, 4 de Outubro de 2007


O Deputado do PSD,
Carlos Alberto Gonçalves


www.parlamento.pt/deputados/Deputado.aspx?ID=1458



Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades (CJF)
clube.jovens.folcloristas@fapf.orgwww.jovensfolcloristas.blogspot.com


Jornal “Folclore” on-line :
www.jornalfolclore.blogspot.com
Portal do folclore português : www.folclore-online.com
Fórum do folclore português : Para visitar o Forum do Folclore Português - CLIQUE AQUI


Venezuela/Apúlia : A verdade sobre o “Baile das Cadeiras”

Entrevista exclusiva do Clube CJF à Dra Laurentina Torres
Presidente da Direcção do Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia (GSCPA)


Préambulo
Existe desde hà mais de duas decadas, um festival anual de folclore nacional português organizado na Venezuela. Esse festival tem forma de concurso. Os grupos concorrentes produzem-se em palco perante um jurí (composto por um membro de cada agrupamento concorrente) que contempla com puntuações 4 elementos da representação em palco : sincronização dos bailados, qualidade da execução dos bailados, respeito das coregrafias das danças apresentadas e respeito dos faseamentos das tocatas ao vivo. O agrupamento que mais pontos obtiver vence o dito festival/concurso e é encarregado da sua organização para edição seguinte.
Em 2005, um grupo luso-venezuelano distingue-se com uma representação folclórica dos Sargaceiros da Apúlia (conselho de Esposende, Norte de Portugal, zona etnó-folclórica do Baixo-Minho) apresentando uma dança de sargaceiros com uma coregrafia em cima de cadeiras. Diria o dito agrupamento para justificar da sua autencidade que tal facto se deve ao momento em que o sargaceiro depois da mareada vai para ás tabernas festejar a apanha do sargaço e depois assim vai dançando. Acrescenta a Direcção deste grupo português de emigrantes radicados na Venezuela, para dar ainda mais verecidade ao dito bailado em cima de cadeiras, que se chamaria “contra-dança” e viria do tempo das invasões francesas. Tudo muito bem explicado, argumentado e executado, o jurí aprova o que apreciou em palco e dá as puntuações máximas. Assim o tal rancho se vê vencedor do festival/concurso da edição 2005 e é contemplado com o 1° lugar muito graças à “originalidade do baile em cima de cadeiras pelo sargaceiros”.
Durante meses a juventude dos Clubes CJF’s desbruçaram-se sobre este “estranho baile” e tentamos procurar toda a verdade da sua existência : no fórum do portal do folclore, no jornal “Folclore”, nos fóruns dos CJF’s, por mensagens particulares ... Tudo tentamos ... !! Por contacto directo com a Direcção do rancho “Os Sargaceiros de Apúlia” acabamos por lhes solicitar disponibilidade para lhes mostrar as conclusões ás quais chegamos e obter uma entrevista exclusiva : recebemos logo um parecer positivo.
Seguem as respostas da Dra. Laurentina Torres às nossas perguntas : cada um que tire agora as suas ilações ... e para nunca mais se deixarem enganar !!



CJF : Soube a Sra. Dra. que um agrupamento folclórico português na Venezuela, dizendo-se representar Os Sargaceiros de Apúlia, venceu um concurso nacional de folclore actuando num “baile com cadeiras”?

Dra. Laurentina Torres (LT) : Lamentavelmente, embora não tenha tido acesso a qualquer imagem, já chegou até nós a informação do “acontecimento” que nos desgostou a todos pelo “assassinato” que alguém fez ou faz da verdade do folclore dos Sargaceiros, tão empenhadamente defendido e preservado por nós, e tão vilipendiado por quem errou a vocação ao chamar de “folclore” ao que, na verdade, mais não é que mero número de circo.


CJF : Mas teve tempo de ver o vídeo que foi colocado na YouTube e depois suprimido?

LT : Não consegui aceder ao vídeo que diz ter observado porque quando fui alertada para o facto já o mesmo havia sido retirado da Internet. É assim tão escandaloso?...Quem nos acode contra tais malabarismos de circo?


CJF : Foi contactada por alguém para verificar a autenticidade deste baile?

LT : Já fui contactada por uma jovem da Venezuela que perguntava se “aquilo” era verdadeiro. Logicamente respondi-lhe que era uma monstruosidade e um atentado ao autêntico folclore e às nossas próprias tradições. Os Sargaceiros orgulham-se da tradição que representam e não aceitam que os ridicularizem a tal ponto!
Será que ninguém poderá por cobro a tal atentado?!


CJF : Num fórum sobre folclore português dizia a Directora Técnica do grupo da Venezuela o seguinte: “também les informo que todo lo que hicimos fue bajo conversaciones del Señor Isidro Reina, presidente de la Casa do Povo Os Sargaceiros de Apúlia, el cual ya sabe que obtuvimos ese PRIMER LUGAR (ojala venga a Venezuela??). O que pensa?

LT : É completamente falso que o Isidro Reina tenha dado quaisquer indicações sobre o que quer que seja, e muito menos sobre a “malfadada dança em cadeiras”.
Isidro Reina, carteiro de profissão, é, actualmente, Presidente da Direcção da Casa do Povo, Director e Ensaiador do Grupo.
Quando em 1996 assumi a reorganização e gestão da Casa do Povo e do Grupo Folclórico dos Sargaceiros, procurei rodear-me de pessoas da minha confiança. Organizei uma lista de amigos para ocuparem estes cargos oficiais, e mantenho a coordenação respectiva.
O Isidro, que tem agora 56 anos, entrou para o Grupo aos 14 anos pela mão de meu marido que reunia também ele, à época, aqueles três cargos. Aprendeu, por isso, connosco.
Assumiu, em 1996, o cargo de ensaiador do Grupo, cargo esse que, aliás, já tinha antes exercido, mas de que se havia afastado por incompatibilidades com anteriores dirigentes. Fui, por isso, chamá-lo de novo.
Em 1999, aquando de novas eleições, convidei-o para a Presidência da Casa do Povo e Direcção do Grupo Folclórico. Aceitou, mas com a condição de eu continuar a assegurar a coordenação quer do Organismo Oficial, quer do Grupo, tal como já o vinha fazendo. Para garantir suporte legal à minha acção a Direcção deliberou, por unanimidade, delegar na minha pessoa o cargo de COORDENADORA, com poderes específicos.
Tudo isto para lhe dizer quem é e o que faz Isidro Reina, quer no Grupo, quer fora dele. É pessoa da minha inteira confiança, e acredito plenamente nele pelo que asseguro, sem sombra de dúvidas, que nunca diria tal barbaridade.


CJF : Mas foi sim ou não o Senhor Reina contactado?

LT : No passado ano [2005], talvez Setembro ou Outubro, o Isidro recebeu um telefonema da Venezuela (quanto a nós já de má fé) no qual uma senhora se lhe apresentou como directora de um grupo folclórico português de Caracas que havia ganho o primeiro lugar em representação do folclore de Apúlia. Por isso, como no ano seguinte seria esse grupo a organizar o mesmo festival, disse-lhe que gostaria que se deslocasse à Venezuela como convidado desse mesmo grupo, cujo nome ele próprio não conseguiu fixar.(Note que no nosso site eu indico-o como Director , o que é, de facto, verdade).
Em resposta o Isidro informou-a que o assunto não era com ele pelo que “deveria telefonar à Dra. Laurentina Torres, Coordenadora do Grupo, telefone ********* a quem deveria ser, de facto, dirigido o convite” – palavras textuais do Isidro.
Ele próprio me avisou de imediato pelo telefone.
Pois até hoje essa senhora não me contactou!
Não lhe parece que haveria ali má fé?


CJF : Mas a Directora Técnica afirma ter fontes seguras do que adianta

LT : Parece que essa senhora está a insultar todos os apulienses, e mesmo os nossos antepassados e as nossas raízes. Só fala assim quem não tem a mínima noção do que é uma “mareada”. Depois de três a quatro horas de luta titânica com o mar a arrebatar-lhe o sargaço que vem envolto nas ondas; depois de outras tantas horas a carregar com o sargaço colhido para as dunas, bem longe do alcance do mar; depois de mais duas horas a estender cuidadosamente o mesmo sargaço, para secar, muitas vezes sob um sol escaldante; qual seria o sargaceiro, primeiro todo encharcado da “mareada”, depois todo suado do restante trabalho, qual seria o sargaceiro, repito, com vontade de ir para a tasca fazer equilíbrios ridículos sobre cadeiras?!
Pelo amor de Deus! Que respeitem as nossas tradições, e não ridicularizem o que é tão sério!


CJF : No mesmo fórum, acrescentava o Director Técnico Adjunto do mesmo agrupamento: “representamos una moda introducida em portugal cuando las invaciones fracesas”. Concorda?

LT : Esquece-se, ou não sabe, quem assim falou, fala ou escreve, que o sargaceiro, depois de todo aquele trabalho em consequência de uma “mareada”, quantas vezes nem tempo tinha para comer porque, decorridas doze horas da primeira maré, vem uma segunda maré, e tudo se repete. E, “se o mar estiver de feição e o sargaço for abondo”, no dia seguinte, e no outro, às vezes durante mais de quinze dias, a azáfama continua, sem parar e sem descanso. Esta é a verdadeira vida do sargaceiro, enquanto o mar der sargaço, isto é, durante os equinócios, após as marés vivas.
Danças, sim...na areia da praia...antes do começo da “mareada”! Depois?...nem pensar!!!
Sobre as invasões francesas...muito se poderá dizer, mas a História Universal é bem clara, é só estudá-la.
Todos sabemos que, em consequência do Bloqueio Continental, Portugal sofreu três invasões francesas, vindas através de Espanha. Das três vezes foram repelidos e derrotados..., e nenhuma delas passou pela nossa região! Os franceses não trouxeram nada, nem sequer tiveram contacto com a nossa gente, e muito menos danças! Deixaram, com efeito, uma terrível recordação: o desastre da ponte das barcas, no Porto.
Parece que, na Venezuela, alguém pretende reescrever a História à sua maneira!...Valerá a pena continuar este tema?! Penso que não.
Por favor, não brinquem! Mais cego do que quem não vê, é aquele que não quer ver!
Quando as pessoas não sabem e, depois de informadas, corrigem os seus erros, merecem toda a nossa admiração. Quando, pelo contrário, persistem no erro, merecem o nosso repúdio!


CJF : Ou ainda a explicação do mesmo Director Técnico Adjunto citando a fonte (Gabriel Pitta em 08/09/1878): “puedo hablar con base y propriedade ya q soy licenciado en sociales mencion historia, lo cual indage durante meses para poder representar nuestro 3er fandango o contradanca este baile no es invento pues es 1 moda te doy respuesta claro q es posible representarlo sobre sillas y bancos ya q los sargaceiros culminaban tarde la fahena de recolectar el sargaso por lo q se reunian en sus casas o tabernas portando su traje de trabajo es decir se mantenian con su trajes sucios asi lo dice un poema de gabriel pitta ”. Acha que está correcto?

LT : Todos os antropólogos e historiadores com quem tenho falado – professores universitários doutorados e não simplesmente licenciados – todos pasmam perante tal ousadia, e classificam-na de mera ignorância da realidade da vida do sargaceiro.
A expressão “trajes sucios” é mais uma falácia, no meio de todo este imbróglio. A água do nosso mar não suja; o sargaço não suja – Que valor poderá ter, afinal, tal poema sob o aspecto etnográfico, científico e histórico?
Mais – a “branqueta”, único traje do sargaceiro, nem sequer para casa é levada: o sargaceiro enverga-a antes do início da “mareada”, dança na areia da praia até que o sargaço aparece envolto nas ondas, então logo pára a dança e começa o trabalho árduo. Findo todo o trabalho já atrás descrito, o sargaceiro, ainda na praia, despe a “branqueta”, vai ao mar passá-la pela água para lhe retirar areia ou pequenas folhas de sargaço, e deixa-a a secar, pendurada em um torno ou prego, à porta da cabana onde guarda os utensílios do mar e o próprio sargaço depois de seco. É, assim, a “branqueta” uma simples peça de vestuário de trabalho que nunca foi nem é usada fora da praia. Na cabana o agricultor deixa a sua indumentária do dia-a-dia, transforma-se em sargaceiro apenas e só para aquela função, e volta a ser um normal agricultor quando termina a faina do sargaço. Tascas, ou tabernas...pois naturalmente que as frequentaria, mas como agricultor e nunca trajado de sargaceiro.
Ainda em relação ao tal poema, diz um professor da Universidade do Porto que o referido poeta poderá ter confundido os jograis, que por vezes apareciam pelas vilas e aldeias a dançar e a fazer acrobacias e que estiveram na origem dos actuais circos, com os sargaceiros, pela eventual semelhança de roupas e artefactos.
Enfim, Caro Amigo, esta é mais uma achega para sua informação e para que veja as nossas certezas e as inverdades de toda uma argumentação falaciosa e oportunista.


CJF : Citações puxa citações, tem algumas próprias aos Sargaceiros de Apúlia?

LT : São inúmeras as referências que, através dos tempos, têm sido feitas aos Sargaceiros de Apúlia. Citamos, por exemplo, o poeta Pedro Homem de Mello, grande amigo e admirador que muito escreveu sobre os Sargaceiros: “Na Apúlia tudo é verdadeiro...até o traje!” e “...em Apúlia só dançam aqueles que a natureza mais dotou [...] os sargaceiros lembram pássaros, mas pássaros de asas cortadas”.
Também Celestino Graça, fundador da Feira de Santarém, se referiu aos Sargaceiros como “...o maravilhoso Grupo da Apúlia, de um primitivismo que encanta [...] puro folclore”.
O etnógrafo Manuel de Boaventura escreveu em 1955: “...os nossos garbosos Sargaceiros repudiam os ensaiadores sabichões, que deturpam a pureza folclórica, com a mania de modernizar aquilo que, uma vez modificado, perde as características, e se abastarda”.
E nós perguntamos: - Até quando se continuará a permitir que, em nome do “bonito” e do “espectáculo”, se deturpem e se abastardem as nossas mais caras e mais puras tradições?


CJF : De todas as formas, o júri classificou o dito grupo com puntuações máximas. Ignorância ou falta de formação?

LT : Naturalmente o juri revela as duas coisas: ignorância da realidade das nossas tradições, e falta de formação para poder distinguir entre o que é autêntico e o que não passa de mera encenação ardilosamente arquitectada.


CJF : Como reagiram os Dirigentes e Componentes do Grupo Folclórico dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia?

LT : Foi com a maior indignação que componentesce dirigentes do Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia tomaram conhecimento do uso indevido e incorrecto do nome deste Grupo e das suas tradições, de que muito se orgulham, e se esforçam por preservar.
Não tendo conhecimento directo do facto, já que não nos foi possível, até ao momento, verificar a enormidade cometida, mas fazendo fé em informações que nos têm chegada e que consideramos fidedígnas, somos obrigados a crer que quem assim está no folclore, deturpando e ridicularizando a acção de pessoas sérias e trabalhadoras, como são as gentes de Apúlia, só merece o nosso desprezo.
Aquilo que consideraríamos como uma honra, ao constatar que na Venezuela alguém se apresentava dando a conhecer os nossops usos e costumes, transforma-se, afinal, numa enorme farsa que atinge as raias do ridículo. Com efeito, se não fosse algo de tão sério e tão ofensivo para quem, como nós, se rege por normas de verdade dentro do movimento folclórico português,tal facto não mereceria mais que a complacência e o riso, já que colocar os sargaceiros a dançar sobre cadeiras ultrapassa os limites do razoável, e pensamos que tal ideia não surgiria nem mesmo aos artistas de circo.
Porque nos parece que, mais que um número de circo, é uma farsa, uma leviandade, autêntico assassinato do folclore português que tanto pretendemos preservar.
Isto, ao que parece, passa-se bem longe de Portugal, na Venezuela, mas os ecos de tal dislate chegam até nós e, assim, uma falsa imagem é transmitida a quem vê um semelhante “espectáculo”.


CJF : Não haverá aqui um verdadeiro “atentado” ao vosso folclore?

LT : Na verdade lamento profundamente que tenham escolhido “Os Sargaceiros” para bode expiatório e objecto de palhaçada. Atentado, sim, e total falta de respeito e de decoro.
A si, Caro Amigo, os nossos agradecimentos pelas suas palavras e obrigada, principalmente, pelo empenhamento com que tem vindo a defender aquilo que considera verdadeiro, contra as deturpações que maculam e prejudicam o trabalho dos que lutam em prol da autenticidade do folclore nacional. Neste processo estou tanto mais empenhada, também eu, porque, para além de se tratar de uma trama, toca-me directamente já que meu pai, um estudioso das coisas desta terra e que morreu há já 52 anos, foi o fundador deste Grupo, bem como da Casa do Povo e, se efectivamente há vida para além da morte, então ele estará revoltado no seu túmulo ao ver tão maltratadas as tradições que tanto defendeu e promoveu.


CJF : Qual a sua conclsão sobre esta “novela”?

LT : Por favor, que essas pessoas façam os seus números de circo e as acrobacias que entendam...são livres para o fazerem. Mas tenham a coragem de assumir a sua invenção. Ninguém lhes dá o direito de desvirtuarem e ridicularizarem as tradições mais legítimas dos sargaceiros, apresentando-se em seu nome.
Todos os portugueses de bem que se encontram por todo o mundo e, neste caso, na Venezuela, nos merecem o maior respeito e o maior carinho. Devem orgulhar-se da sua origem e, por isso, devem defender a verdadeira cultura tradicional do seu País.


CJF : Um alerta para os jovens que compõem o movimento português na Venezuela:

LT : Louvo e admiro o esforço que fazem para, lá longe, manterem vivas as recordações do seu País, dando a conhecer ao mundo os usos e costumes de Portugal. Bem hajam por isso!
Mas procurem adquirir informação fidedígna que lhes permita defender, sem receio de desmentido, esses mesmos usos, costumes e tradições. Saibam que o nosso País é pequeno em área geográfica, mas é um manancial de belas tradições. E todo o esforço que façam por manter incólumes essas mesmas tradições é digno da admiração e do respeito de todos nós.
Em relação ao tema que os deixa surpreendidos – a malfadada dança em cadeiras – quero que saibam do nosso mais veemente protesto e repúdio por tal atentado à verdade que o povo de Apúlia tanto preza: os seus sargaceiros e a ancestral tradição da apanha do sargaço, as danças na areia da praia antes do início da “mareada”, o traje que remonta à época da Romanização da Peninsula.


CJF : Que espera dos Clubes CJF`s?

LT : Apelo aos Clubes CJF`s para que façam uma séria reflexão sobre todo o problema que agora surgiu. Que o analizem com seriedade por forma a evitar que outros venham a enveredar por igual esquema, nada dignificante para quem o assume, e que só conduz ao desprestígio do nosso País e das Instituições no âmbito do folclore e da etnografia nacional.
Pela minha parte quero registar os meus agradecimentos por todo o seu empenhamento no sentido da reposição da verdade.
Bem haja!



Entrevista feita em 30 de Julho de 2006


Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades (CJF)
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