domingo, 20 de maio de 2007

Guimarães: Museu de Alberto Sampaio expõe o Trajo e o Trajar Popular BaixoMinho


Lisboa, 29 Abr (Lusa) - Uma viagem ao Baixo Minho de finais do século XIX e primeiras décadas do século passado, através dos trajes populares, é a proposta do Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, numa exposição que inaugura dia 05.

A mostra é organizada pela Rusga de S. Vicente de Braga: Grupo Etnográfico do Baixo Minho, e fica patente até 17 de Junho, anunciou hoje a direcção do museu, criado em 1928 para albergar o espólio de extintas instituições religiosas então na posse do Estado.

Além de peças pertencentes à colecção do museu, vão ser expostos trajos do Grupo Folclórico da Corredoura (S. Torcato, Guimarães) que se encontram ali depositados.

A iniciativa pretende também alertar para a necessidade de preservar os trajos antigos utilizados pelo povo no seu dia-a-dia de trabalho e nas festividades anuais.

A exposição "O Trajo e o Trajar Popular no Baixo Minho - finais do século XIX, primeiras décadas do século XX" insere-se nas comemorações do 40º aniversário da Rusga de S. Vicente de Braga e resulta de uma parceria entre esta associação e o Mosteiro de S. Martinho de Tibães.

"Sendo o trajo já há muito considerado património material, um outro objectivo desta exposição é o de o elevar à categoria de património imaterial", à luz de um conceito mais abrangente e actual, "já que nele subjazem quadros mentais, espirituais, valorativos, estéticos, filosofias de vida, histórias de família, comportamentos e posturas", segundo o documento de apresentação da mostra.

Para o museu, o fim último da exposição é sensibilizar e "despertar consciências dos diferentes agentes", desde instituições, académicos e associações culturais, mas também dos "herdeiros naturais que compõem as diferentes comunidades locais, por forma que todos se sintam envolvidos e co-responsabilizados na salvaguarda deste património que é de todos".

A exposição, a instalar na Sala do Capítulo, divide-se em três núcleos temáticos, sendo o principal composto por peças soltas de vestuário feminino e masculino, como as sais debaixo (brancas ou saiotes), ceroulas, camisas de dormir, camisas e saias de fora, aventais, coletes e corpetes, calças, jaquetas, capotilhas, capas e capotes.

Os tradicionais lenços e xailes, bem como diversos adornos em ouriversaria estarão igualmente em exposição, juntamente com explicações sobre a sua função e modos de uso.

A organização refere que, para a mulher minhota, "o ouro pode já não ser o banco onde deposita os seus rendimentos, mas é com toda a certeza a prenda mais apetecível e a herança mais disputada".

AH.

Lusa/fim


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